sábado, 10 de maio de 2014

UFBA financia projetos sociais de professores e técnicos em bairros vizinhos

Inscrições abertas até o dia 12 de maio


Termina no dia 12 de maio, segunda-feira, o prazo para que professores e técnicos da Universidade Federal da Bahia (UFBA) apresentem propostas para o Edital programa UFBA Vizinhanças 2014/2015. O programa, que financia propostas no valor de até R$ 100 mil direcionadas a comunidades em situação de vulnerabilidade sócio-econômica e ambiental próximas aos Campi, abarca projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo e meio ambiente, artes, comunicação, direitos humanos, justiça, empreendedorismo, esporte e lazer, saúde e qualidade de vida.


Além de bolsas para estudantes de graduação da UFBA, o edital contempla bolsas para estudantes de ensino médio das comunidades para a realização de atividades relacionadas ao plano de  trabalho da proposta. A primeira parte do programa, denominada Encomenda, teve duração de três meses e foi coordenada por um grupo de professores, que tiveram contato com os moradores e com as demandas das localidades por meio de reuniões na universidade e nas próprias comunidades. Os encontros deram a base para o edital Proext/Programa Vizinhanças 2014/2015, disponível no site da Pró-Reitoria de Extensão da UFBA, que receberá as propostas através do site www.proext.ufba.br.

O Vice-Reitor da UFBA, Luiz Rogério Bastos Leal, afirma que esse é um programa inovador. “Não se trata de um programa em que a universidade prepara um cronograma de atividades e oferece à comunidade, mas de um programa construído junto com a comunidade desde o primeiro momento”, salienta. Para o professor, tanto a universidade quanto as comunidades só têm a ganhar com o programa.

“São ações coordenadas, produzidas e executadas em parceria com as comunidades. O grande diferencial do Programa Vizinhanças é que ele prevê um diálogo com a comunidade que antecede as ações de fomento”, explica Blandina Viana, Pró-Reitora de Extensão da UFBA. “É uma forma diferente de se fazer extensão, pensar em extensão universitária como uma construção de conhecimento colaborativo com a sociedade”. O programa foi aprovado no último dia 28 de abril, em resolução do Conselho Acadêmico de Pesquisa e Extensão (CAPEX) da UFBA. Com a homologação, a UFBA terá um programa voltado para comunidades vizinhas em que as propostas de extensão são criadas, primeiramente, a partir do diálogo com a sociedade.

Expectativas

Segundo Pablo Adrian, 22, membro do Instituto Fatumbi, do bairro de Altos das Pombas, o programa traz novas perspectivas na relação entre a comunidade e a universidade. “A gente topou participar do programa porque é uma proposta inovadora. O Programa Vizinhanças olha para o vizinho com um novo olhar, mais próximo”, avalia. “A partir do momento que um jovem da comunidade faz parte do programa, ele vai se sentir também parte da universidade”.


“O importante é a interface entre o conhecimento produzido pela universidade com o conhecimento produzido nas comunidades, que é muito rico. O saldo dessa interação será cidadãos e cidadãs mais conscientes, mais sensíveis socialmente”, pondera Luiz Rogério. “O programa buscará não só resolver problemas das comunidades circunvizinhas, mas também problemas da nossa universidade”. A expectativa é que o Programa Vizinhanças seja contínuo, mantendo o contato permanente da universidade com seus vizinhos. “Nós esperamos que o programa aconteça”, defende Clério Araujo, coordenador da Rádio Voz do Calabar. “Esperamos que o programa tenha continuidade, independente de que ele seja um porgrama de uma gestão, que se transforme de fato em um projeto da universidade”, pontua Blandina.

“Nosso partido é a educação”, afirma Luiz Rogério, ao defender atual gestão da Reitoria


O vice-reitor da Universidade Federal da Bahia - UFBA, Luiz Rogério Leal, que é candidato à sucessão da reitora Dora Leal Rosa pela Chapa 3, MAIS UFBA, defendeu nesta quinta-feira, 8, os avanços obtidos pela atual gestão, durante debate com os outros três candidatos ao cargo, no auditório da Faculdade de Arquitetura. Luiz Rogério elencou ações da reitoria, como a expansão universitária, a melhoria na infraestrutura e o Programa Vizinhanças, declarou estar orgulhoso de ser parte desta administração e destacou a sua autonomia em relação aos partidos políticos.


“A UFBA é o nosso partido. A educação é o nosso partido”, afirmou Luiz Rogério, ao enfatizar que não se submete a ingerências político-partidárias na sua gestão e ressaltar a autonomia com que a universidade se relaciona com o Governo Federal, o Congresso Nacional e os movimentos sociais, na concretização de suas políticas administrativas.

Ao ser questionado por integrantes da plateia sobre a perda de protagonismo da UFBA e a autonomia da instituição, Luiz Rogério lembrou que foi a UFBA que conduziu a implantação do campus da nova Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), sem se submeter a pressões políticas. E lembrou também que a universidade está lançando um edital para financiar programas que integram a UFBA com os bairros do entorno da universidade, o Edital Programa UFBA Vizinhanças. “É uma política que traz as comunidades para dentro da UFBA. No futuro, isso vai se traduzir inclusive em mais seguranças para os campi”, afirmou Luiz Rogério, ao refutar posições que consolidam a estigmatização dos moradores de bairros pobres como uma ameaça permanente à UFBA.

Luiz Rogério combateu as críticas de que a UFBA é uma instituição decadente e que perde em qualidade de ensino e de pesquisa. Ele afirmou que a UFBA é uma “boa universidade”, que apresentou saltos qualitativos e quantitativos ao longo dos últimos quatro anos, como o aumento das bolsas de extensão de 52 (2010) para 249 (2013), o crescimento das publicações indexadas de 578 para 777 nos últimos quatro anos.

O vice-reitor também destacou a importância das melhorias em infraestrutura, consideradas pelo candidato como fundamentais para as atividades de ensino, pesquisa e extensão. “Muita gente pensa que sou engenheiro, porque visito muitas obras em andamento na universidade. Orgulho-me dos engenheiros da UFBA e destaco que as melhores universidades do mundo oferecem boas instalações físicas à comunidade acadêmica”, destacou Luiz Rogério. Ele pontuou que desde a fundação da UFBA em 1946, até 2010, quando a atual gestão assumiu, a universidade havia chegado a 325 mil metros quadrados de área construída. Com as obras feitas na atual gestão, esse número saltou para 503 mil metros quadrados, incluindo novos prédios, laboratórios e a Praça das Artes, no Campus de Ondina, por exemplo. 

End: Instituto de Geociências, Sala 103-D