quarta-feira, 25 de julho de 2012

CRIANÇA, ESCOLA E CANDOMBLÉ: UMA RELAÇÃO DELICADA


Lançamento do livro: Educação nos Terreiros



Jornalista Stela Guedes Caputo lança em Salvador, em uma série de eventos, o livro Educação nos Terreiros: e Como a Escola se Relaciona com as Crianças de Candomblé 

Durante duas décadas, a jornalista e professora carioca Stela Guedes Caputo acompanhou um grupo crianças iniciadas nos candomblés da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. E investigou como elas se relacionavam com questões como fé, tradição, preconceito e educação. O resultado deste longo trabalho culminou numa tese de doutorado na UFRJ e no livro Educação nos Terreiros: e Como a Escola se Relaciona com as Crianças de Candomblé (FAPERJ-Pallas), que a autora lança em Salvador numa série de atividades entre os dias 29 de julho e 04 de agosto.

O roteiro baiano de Stela prima pela diversidade, com encontros com públicos de diferentes perfis e com pesquisadores, educadores, ativistas e religiosos baianos. No domingo (29) ela estará na Bilbioteca Infantil Monteiro Lobato, em Nazaré, dentro da programação do Sarau Bem Legal. Na terça (31), vai à UNEB-Cabula, e no dia seguinte, quarta (01/08), participa do Sarau Bem Black, no Sankofa African Bar, Pelourinho. Na quinta (02/08), o encontro será no CEPAIA-UNEB no Santo Antônio. Nos dois últimos encontros a autora se encontra com o povo de santo: na sexta (03), ela conversa com a comunidade da Casa de Oxumaré, na Federação, e na sexta (04), na Casa Branca, situada na Vasco da Gama.

Além do lançamento, o objetivo geral da semana é debater a questão da intolerância religiosa nos meios educacionais oficias e os paradigmas que orientam a educação nas comunidades religiosas de origem africana. O primeiro contato direto de Stela com o tema começou no ano de 1992, quando ela escreveu a reportagem Os Netos de Santo para o jornal O Dia. A partir de então, afirma, duas questões básicas passaram a acompanhá-la: a diversidade na escola e a importância de outros espaços de educação fora da escola formal.

“Nunca mais saí dos terreiros e me tornei amiga do tempo, porque foi preciso tempo para gestar esse livro. Muita gente maravilhosa escreveu sobre candomblé, mas sobre crianças em candomblé eu nunca achei livro algum. As crianças cresceram e tenho orgulho e gratidão por ter estado nessa caminhada. No livro partilho um pouco do que me ensinaram nas casas de candomblé, tanto as crianças e jovens como suas famílias. Partilho também o que vi de discriminação e racismo nas escolas”, afirma.

O ciclo de eventos é uma iniciativa do coletivo Blackitude: Vozes Negras da Bahia e tem o apoio estratégico da Fundação Pedro Calmon e da Secretaria de Cultura da Bahia. Conta com parceria essencial da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, do Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos - CEPAIA, dos Terreios Oxumaré e Casa Branca, além do Sankofa African Bar.

A AUTORA:

Stela Guedes Caputo

Jornalista, trabalhou no Jornal O Dia e em jornais sindicais. Fez mestrado e doutorado na PUC-Rio e pós-doutorado na UERJ. Hoje é professora da Faculdade de Educação da UERJ. No jornal O Dia, em 1993, recebeu com a equipe em que trabalhei, o prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos. Em 2006 publicou o livro Sobre entrevistas (Vozes).



PROGRAMAÇÃO

Domingo 29/07 10h - Biblioteca Infantil Monteiro Lobato – Nazaré
Coordenação: Rosane Rubim (3117.1433)
Mesa: Stela Guedes Caputo (UERJ), Maria Anória (UNEB), Jaime Sodré (UNEB), Nelson Maca (UCSal)

Terça-feira 31/07 14h - Universidade Estadual da Bahia (UNEB) - Campus do Cabula Auditório Jurandyr Oliveira – DEDC1
 Coordenação: Carla Liane (UNEB)
Mesa: Stela Guedes, Estélio Gomberg (UFBA), Ricardo Freitas (UNEB)
Inscrições: http://www.uneb.br/salvador/dedc/eventos/

Quarta-feira 01/08 19h - Sarau Bem Black - Sankofa African Bar – Pelourinho
Coordenação: Nelson Maca (9130.4618)
Lançamento e bate papo com o público

Quinta-feira 02/08 15h - Centro de Estudo dos Povos Afro-Índio-Americanos (CEPAIA-UNEB)
Coordenação: Claudia Rocha (3241 0811\ 0840\0787)
Mesa: Stela Guedes, Claudia Rocha (UNEB), Valdélio Santos Silva (UNEB)

Sexta-feira 03/08 – Terreiro Casa de Oxumaré, Federação, 19h
Coordenação: Rita Santos (9198.5923)
Mesa: confirmar participantes
*Traje: roupa branca ou de tonalidade clara

Sábado 04/08 – Terreiro Casa Branca, Vasco da Gama, 17h
Coordenação: Rita Santos (9198.5923)
Mesa: confirmar participantes

Realização: Blackitude: Vozes Negras da Bahia
Coordenação geral: Nelson Maca / Contato 91304618
Parcerias: Biblioteca Monteiro Lobato; Casa Branca; Casa de Oxumaré; CEPAIA – UNEB; Sankofa African Bar Apoio: Fundação Pedro Calmon; SECULT-BA

Mais informações acesse o blog aqui

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Noite para Clementina no Solar Boa Vista



28 anos do Teatro Solar Boa Vista
Veja toda programação clicando aqui
Para homenagear Clementina de Jesus, o Cine Teatro Solar Boa Vista (Engenho Velho de Brotas) realiza o evento Noite para Clementina, na próxima quinta-feira, dia 19. A partir das 18h, a memória de Clementina será celebrada com exposição de imagens, exibição de documentário e realização do tributo No Quintal de Quelé.

Há 25 anos, no dia 19 de Julho, a cantora carioca Clementina de Jesus morreu aos 86 anos, deixando um legado para Música Popular Brasileira.

A Noite para Clementina integra o Julho + SOLAR, programação especial que comemora 28 anos do Cine Teatro Solar Boa Vista, espaço cultural da Secretaria de Cultura do Estado. “O avivamento da memória dessa mulher guerreira, dessa artista negra, no mês em que esta casa está fazendo aniversário, é muito mais que um presente, que uma celebração. Representa uma religação do Solar Boa Vista e de seu entorno, predominantemente negro, à nossa ancestralidade afrodescendente” – comenta emocionado Chicco Assis, coordenador do Solar.

Nas homenagens a Clementina, marca presença o diretor Werinton Kermes e a pesquisadora e roteirista Míriam Cris Carlos, realizadores do vídeo-documentário Clementina de Jesus: Rainha Quelé, que mais uma vez será exibido no Solar. A emoção que o documentário provoca em artistas e admiradores de Clementina impulsionaram os artistas Juliana Ribeiro e Chicco Assis a dirigirem um tributo coletivo, com participação de mais de 40 artistas, intitulado “No Quintal de Quelé”.

Grandes nomes da cena musical baiana estão envolvidos na homenagem a Clementina, que tem a direção musical de Paulo Mutti. Dentre eles: Aloísio Menezes, Barlavento, Bruna Barreto, Carlos Barros, Chita Fina, Claudete Macedo, Claudya Costta, Clécia Queiroz, Edil Pacheco, Gilson Verde, Grupos AFRICANTAR, Grupo Tapuia, Jonga Lima, Jorjão Bafafé, Juliana Ribeiro, Lane Quinto, Lasinho, Lazzo Matumbi, Lia Chaves, Luciano Bahia, Maira Lins, Márcia Short, Matildes Charles, Mazzo Guimarães, Pedro de Rosa Morais, Peu Meurray, Ricardo Marques, Rita Braz, Vércia Gonçalves, Walmir Lima e Wil Carvalho. A apresentação fica por conta de Mia Lopes e Fred Chaves, enquanto Chicco Assis e Juliana Ribeiro assinam a direção artística e produção.

Serviço:
O QUÊ: “Noite Para Clementina” – Exposição/Exibição de Documentário/ Show-Tributo “No Quintal de Quelé”
ONDE: Cine-Teatro Solar Boa Vista,  Parque Solar Boa Vista, s/nº, Engenho Velho de Brotas
QUANDO: 19 de julho, a partir das 18h
QUANTO: Gratuito

terça-feira, 17 de julho de 2012

Protocolo Lunar no Teatro Martim Gonçalves, até 22 de julho

                                                                  Protocolo Lunar




O Teatro Martim Gonçalves recebe em sua segunda temporada o espetáculo Protoco Lunar, uma criação da artista e professora Sônia Rangel, que além de conceber e dirigir, atua como atriz no espetáculo e do Grupo Os Imaginários que foi premiado com o troféu Braskem na categoria Prêmio Especial, pela iluminação assinada por Pedro Dultra e ganhador do Prêmio Funarte Myriam Muniz circulação 2012 que além de contemplar a cidade de Salvador, o espetáculo será apresentado nas cidades de Recife, Belém e Vitória da Conquista.

Protocolo Lunar reestreou em Salvador no dia 13 de julho, no Teatro Martim Gonçalves (Escola de Teatro, Canela), seguindo em temporada pelos dias 14, 15, 18, 19, 20, 21 e 22 de julho, às 20 horas. Aos sábados e domingos também haverá sessão às 17 horas.

O Espetáculo

A história se desenvolve a partir do encontro entre uma menina e uma velha. A menina com sede de conhecimento do mundo e querendo entender o que é a poesia. A velha traz em suas malas uma biblioteca inusitada, com livros que nem parecem livros. Dentre os que a velha mostra, encontra-se o “pergaminho” Protocolo Lunar, no qual se lê sobre a origem da Lua e histórias de amor – com a própria Lua em papel de destaque. A velha narra histórias de quando a Lua ficava tão perto da Terra, mas tão perto, que se podia chegar até ela por uma escada portátil que se desenrolava no céu.

O fio condutor é uma história de amor que vai evoluindo e se transformando em novas e intrigantes situações, todas elas representadas cenicamente por objetos, bonecos, cenas filmadas, efeitos de computação gráfica e outros materiais. Há, também, dois músicos presentes na cena. Ao todo, são dez personagens – dois vividos por duas atrizes - mais oito personagens bonecos, dentre estes Dona Domingas que é um duplo da velha, animados por um elenco de sete atores. Uma das grandes curiosidades de Lúcia, a menina que contracena com a velha, é saber o que é a poesia, e esta se torna a sua mais insistente pergunta, como um leitmotiv da peça. Como resposta, a velha vai tirando de suas malas cheias de livros, pedaços de realidade e de poesia.

O GRUPO: O Grupo Os Imaginários, formado por alunos e ex-alunos, da graduação e da pós-graduação da Escola de Teatro e da Escola de Belas Artes da UFBA, está vinculado ao projeto de pesquisa Imaginário e Processos de Criação, que desenvolve projetos artísticos sob a coordenação e orientação da Professora Doutora Sonia Rangel. Outras encenações de Os Imaginários, como Ciranda de Estórias, em 2007 - um musical infanto-juvenil, e Fragmentos, animação com Beckett, de 2007 a 2009 - tiveram participações em festivais locais, nacionais e internacionais, sendo o grupo premiado pela pesquisa no 22º Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau (SC), e como Profissional Revelação e Iluminação, no IV Festival Nacional Ipitanga de Teatro, em Lauro de Freitas (BA).
SERVÇO:
O que: Espetáculo Protocolo Lunar
Onde: Teatro Martim Gonçalves
Quando: 18, 19, 20, 21 e 22 de julho, às 20 horas. Aos sábados e domingos também haverá sessão às 17 horas.
Quanto: R$ 10 e 5 reais
Teatro Martim Gonçalves: (71) 3283-7862
Produção: Yarasarrath Lyra(71) 8805 4404 - 71 9217 1063

Ficha técnica:
Dramaturgia e direção – Sonia Rangel
Co-direção - Enjolras Matos 
Elenco - Adiel Alves, Claudio dos Anjos, Camila Guimarães, Heyder Moura, Isis Fraga, Ricardo Stewart, Ruth Marinho, Sonia Rangel, Yarasarrath Lyra
Participação especial no poema gravado - Harildo Déda
Direção e participação musical – Thales Branche (violão) e Zé de Rocha (acordeon)
Preparação corporal – Saulo Moreira
Cenário e figurino – Sonia Rangel
Iluminação – Pedro Dultra
Criação e confecção dos bonecos- Jeane Sánchez, Juliana de Sá, Rita Rocha, Sonia Rangel, Wilson Júnior,Yarasarrath Lyra
Filmagens para a cena – Mariana Dornelas (Oi Kabum)
Computação gráfica- Leandro Sena(Oi Kabum)
Fotografia - Isabel Gouvêa
Operação de luz – Marcus Lobo
Operação de som e imagens – Moisés Victório
Produção - Sonia Rangel
Assistente de produção – Yarasarrath Lyra e colaboração de Os Imaginários

CONTATOS: 
Facebook: Protocolo Lunar – E-mail: osimaginarios@yahoo.com.br – 
www.gruposimaginarios.blogspot.com.br
Yarasarrath Lyra – atriz e produtora – yarasarrath@yahoo.com.br - Cel. (71) 8805 4404 - 71 9217 1063

terça-feira, 10 de julho de 2012

Cajazeira sedia circuito de Oficina e Intervenções de Arte Urbana


Projeto visa promover a arte, incentivar a cidadania e fortalecimento da identidade dos moradores.


De 16 a 20 de julho, Cajazeira, um dos maiores conjuntos habitacionais da América Latina, será o centro das atividades do Projeto Cultural “CAJAZEIRARTE”, com a realização de oficina e intervenções urbanas que prometem agitar e colorir o as ruas do bairro. Além de um workshop e intervenções de graffiti, o projeto tem como objetivo utilizar a linguagem artística para incentivar a ampliação da visão de mundo de uma juventude exposta a um cotidiano de violências múltiplas. O “CAJAZEIRARTE” também visa promover a arte, incentivar a cidadania e fortalecimento da identidade dos moradores da localidade.

O Workshop será coordenado pelo Artista Visual, Marcos Costa. Formado pela Escola de Belas Artes da UFBA, além de graffiteiro, Costa também é ilustrador, arte-educador e cenógrafo. Atualmente coordena projetos de Intervenções Artísticas no Recôncavo Baiano e é Consultor de Arte do Projeto Promovendo os Direitos de Jovens, desenvolvido pelo Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA-ONU). Os Artistas Visuais Thito Lama, Thiago Nazareth e Philipe Fumax também fazem parte do corpo de facilitadores.

Voltado para jovens com idade entre 13 e 29 anos, a Oficina será realizada no Colégio Municipal Cristo Rei em Fazenda Grande II, sendo disponibilizadas 30 vagas, preenchidas de acordo a com a ordem de recebimento das inscrições. Estas serão gratuitas, assim como todo material utilizado nas atividades.  Os interessados deverão enviar um e-mail para o endereço eletrônico cajazeirarte@gmail.com informando o nome completo, RG, data de nascimento e telefone para contato. Aos alunos que tiverem 75% de frequência, será emitido o certificado de participação. Além dos oficineiros e educandos, grafiteiros de Cajazeira serão convidados a participar de uma grande intervenção artística que será realizada no encerramento da oficina.

O Projeto CAJAZEIRARTE foi contemplado pela 1ª Chamada do Edital Calendário das Artes 2012, da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), entidade vinculada a Secretaria de Cultura do Estado (SECULT/BA) e é uma realização de Spray Cabuloso®.

SERVIÇO
CAJAZEIRARTE – Oficinas e Intervenções de Arte Urbana em Cajazeira
Data:
 16 a 20 de julho de 2012
Local: Fazenda Grande II Via Local 2ª Etapa, S/N – Cajazeiras Salvador – BA.
Horário: 09 às 12 h


ASSESSORIA DE IMPRENSA
Luciana Pereira
(71) 3232-0773/8188-4561
spraycabuloso@gmail.com

Leia a reportagem completa no site evolucaohiphop

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Projeto Geração Bit seleciona bandas e artistas baianos para gravação de videoclipes


As bandas e artistas baianos agora têm a chance de terem uma música transformada em videoclipe, através do trabalho de profissionais capacitados e orientados por quem entende de audiovisual. Em 2012, o projeto Geração Bit dá espaço para que os grupos e artistas se inscrevam através do site (www.geracaobit.com.br), a partir do dia 5 de julho, e tenham a chance de integrar o projeto. Após a produção dos videoclipes, em outubro, haverá uma mostra de cinema, em que os trabalhos produzidos ficarão em exibição durante uma semana para o público, trazendo visibilidade para as bandas.

Para participar, basta que o grupo ou artista seja da Bahia e tenha uma música gravada, preencha o formulário de inscrição no site e envie a música desejada. A equipe do Geração Bit, junto com os alunos, irão escolher as cinco bandas/ artistas que serão filmadas.


A primeira edição do Geração Bit, ocorrida em 2009, produziu clipes das bandas Retrofoguetes, Copiraite, Teclas Pretas, Yun Fat e da cantora Nancy Viegas. 


As inscrições estarão disponíveis através do site a partir do dia 05 de julho. Confira alguns resultados das produções da primeira edição do projeto:
Falta Muito – Copiraite
O Beijo Amargo – Nancy Viegas
Cidade Subtraída – Teclas Pretas