sexta-feira, 25 de novembro de 2011

"Outra Tempestade", vencedor do edital TCA Núcleo 2011


O espetáculo "Outra Tempestade", vencedor do Edital TCA Núcleo 2011, está em cartaz na Sala do Coro do TCA até o dia 18 de dezembro, sempre de quinta a domingo, às 20 h. Em 2012, deve percorrer quatro cidades do interior baiano: Ilhéus, Feira de Santana, Santo Amaro e Alagoinhas.



Com a produção de Rafael Magalhães, assinada pela Carranca Produções Artísticas, e a direção do cubano, radicado na Bahia, Luis Alberto Alonso. Com texto escrito pelas cubanas Raquel Carrió e Flora Lauten, "Outra Tempestade" é uma versão do clássico "A Tempestade" de William Shakespeare. 
Para criar a narrativa, as autoras revisitaram obras clássicas do dramaturgo inglês como "A Tempestade", "Hamlet", "Romeu e Julieta", "Macbeth", "Otelo" e "O Mercador de Veneza". "Outra Tempestade" revisita personagens de clássicos de Shakeaspere numa parábola que evidencia o processo de miscigenação brasileiro. 
Sinopse - Em busca da "terra prometida" um barco deixa o "Velho Mundo" e por conta de uma forte tempestade naufraga nas águas litorâneas do "Novo Mundo". A partir desse encontro no continente americano, os novos habitantes passam a viver um "outro" projeto e guiados pelas mãos do Mago Próspero é instaurada uma República e fundada uma utopia. 
Os "mitos" shakesperianos se entrelaçam e Próspero domina o jogo através de uma transmutação das entidades que habitam a ilha. Hamlet encontra com Ofelia/Oshun, Macbeth se debruça sobre seus fantasmas com Lady Macbeth/Oya, Ariel/Exu desenha o jogo conduzido pelo Mago e leva Shylock a merecido julgamento. 

sábado, 19 de novembro de 2011

Finos Trapos Apresenta: Berlindo



BERLINDO
Novo espetáculo do Grupo Finos Trapos em cartaz nas praças de Salvador

O Grupo de Teatro Finos Trapos estreia no próximo fim de semana (19 e 20/11) a sexta peça de seu repertório: "Berlindo" é o primeiro espetáculo de rua do grupo, que vai percorrer praças, escolas e estações de transbordo de Salvador.
Em ano pré-eleitoral, "Berlindo" faz uma sátira à política brasileira. O personagem-título convence uma pequena comunidade de suas boas intenções e chega ao poder. Mas não tarda a ser desmascardo, experimenta a reação do povo e é deposto de seu cargo.
"Nesta proposta, a rua é um palanque, e será palco para levantamento de reflexões políticas relacionadas aos direitos individuais e coletivos", avalia Yoshi Aguiar, diretor do novo espetáculo do Finos Trapos. Em seu currículo de diretor, Aguiar destaca-se como vencedor da edição 2009 do Festival de Cenas Curtas do Grupo Galpão (BH) pela direção de "O sequestro".
O Grupo de Teatro Finos Trapos tem suas origens na cidade de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia. Este ano, o Grupo completa oito anos de atuação na área de Artes Cênicas. "Berlindo" tem o apoio da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).

SERVIÇO

O quê: Grupo de Teatro Finos Trapos estreia “Berlindo”
Contatos para entrevista: Yoshi Aguiar (Direção - 71 9169-5950) | Frank Magalhães (Assistente de Direção – 71 8752-9167) | Ana Fernanda (Assessoria de Imprensa 71 9271-8835)
Onde e Quando: veja datas abaixo

Locais das Apresentações:
19/11 (sábado), 10h - Plataforma (Praça São Braz)
19/11 (sábado), 15h - Periperi (Praça da Revolução)

20/11 (domingo), 10h - Pituba (Fim de Linha)
20/11 (domingo), 15h - Rio Vermelho (Largo da Mariquita)

26/11 (sábado), 10h - Doron (Fim de Linha)
26/11 (sábado), 15h - Estação Pirajá

27/11 (domingo), 10h - Cajazeiras V (Praça)
27/11 (domingo), 15h - Estação Mussurunga

28/11 (segunda-feira), 18h - Ondina (Biblioteca Central da UFBA)

02/12 (sexta-feira), 15h - Barris (Biblioteca Pública do Estado da Bahia)

03/12 (sábado), 10h - Estação da Lapa
03/12 (sábado), 15h - Dois de Julho (Largo)

09/12 (sexta), 10h - Barbalho (Pátio do IFBA)
09/12 (sexta), 15h - Canela (Escola de Teatro da UFBA)

11/12 (domingo), 10h - Centro (Passeio Público)
11/12 (domingo), 15h - Campo Grande (Praça 2 de Julho)

16/12 (sexta), 10h - Comércio (Praça das Nações)
16/12 (sexta), 15h - Calçada (Estação de Trem)

17/12 (sábado), 10h - Liberdade (Praça Nelson Mandela)
17/12 (sábado), 15h - Pituaçu (Parque de Pituaçu)

Mais informações e fotos acesse o site do grupo e acompanhe a programação

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Ultimas semanas do Espetáculo Blup: Nem Tudo que cai na rede é peixe

Blup: Nem Tudo que cai na rede é peixe



Está em cartaz o espetáculo de Teatro de Bonecos Blup: Nem tudo que cai na rede é peixe, todos os sábados de sempre as 19 horas no Ereoatá Teatro em Itinga, espaço do Grupo Ereoatá Teatro de Bonecos que desenvolve o Projeto Centro de Pesquisa, Produção Registro e Difusão do Teatro de Bonecos da Bahia contemplado com o edital de Pontos de Cultura da Bahia em 2009.

Este é um espetáculo que faz parte da pesquisa do Ponto de Cultura e tem todos os seus bonecos e cenário criado a partir do PET (polietileno) e também do papel machê, com uma importante mensagem sobre reutilização de materiais reciclagem e conscientização ambiental.

Blup: Nem tudo que cai na rede é peixe é um espetáculo que busca despertar nas crianças e jovens uma relação de afetividade e interesse pela natureza, principalmente com os animais, tão distantes da nossa realidade buscamos despertar nos espectadores a consciência sobre a importância dos Três R’s: Reduzir o lixo que produzimos; Reutilizar, várias vezes a mesma embalagem; Reciclar, transformar o resíduo antes inútil em matérias-primas ou novos produtos, evitando que o lixo caia nos bueiros, provocando enchentes e poluindo rios e mares.

O Espetáculo conta as peripécias vividas por Blup um peixinho brincalhão de barbatanas grandes e de escamas coloridas, espécie muito diferente das encontradas nos corais de águas rasas, por esse motivo ele tem dificuldades de fazer amizade com outros peixes. Ao brincar com seu único e recente amigo, um caranguejo viajante, Blup termina entrando em uma caverna, que dá acesso ao reino das águas profundas, local que também está ameaçado pela insistente aparição de elementos estranhos vindos da superfície.

Blup na companhia de seus novos amigos mergulha em uma fantástica aventura provocando uma verdadeira revolução no universo marinho.

Um texto descontraído, cheio de mistério, com personagens engraçados e brincalhões, que vão se misturando ao cenário e a iluminação que encantam o olhar, com suas cores e magias feitas com luz incandescente, fluorescente e fosforescente.





SERVIÇO

O que: Espetáculo - Blup: Nem tudo que cai na rede é peixe

QUANDO: 19 e 26 de novembro de 2011 (sábados) últimos sábados

Onde: Ereoatá Teatro de Bonecos (Lauro de Freitas)
(Jardim Centenário, próximo a Escola Santa Julia. Itinga)

HORAS: 18:30 HORAS

PREÇO: R$ 5,00 (cinco reais)


FICHA TÉCNICA

TEXTO: Eliete Teles
Direção, cenografia, iluminação: Rubenval Meneses
Figurino: Eliana Sousa e Eliete Teles
Maquiagem: Eliana Sousa
Trilha Sonora: Emerson Brandão e Rubenval Meneses
Produção Executiva e Assessoria de Imprensa: Valdíria Souza

ELENCO:

Eliete Teles, Eliana Sousa e Valdíria Souza


Maiores informações: (71) 3251-3487// (71) 8813-5404

Assessoria de imprensa: Valdíria Souza (71) 9206-0397 e 8820-8653


DESTAQUES:





O Dia 14 em cartaz no Espaço Cultural da Barroquinha


 O DIA 14


De volta, às sextas e sábados de novembro, o premiado espetáculo “O Dia 14” na celebração do Ano Internacional dos Afro-descendentes em Salvador.

Impacto, vigor, incômodo e poesia são adjetivos reunidos no espetáculo “O Dia 14”, que conta de forma atemporal a trajetória da diáspora negra do Brasil colônia até os dias atuais, estabelecendo como eixo dramatúrgico ‘o antes’ e ‘o após’ 13 de maio de 1888. A direção mergulha na desigualdade social brasileira e mostra a trajetória dos negros do navio negreiro à invisibilidade social. O espetáculo é intercalado por trechos de entrevistas que analisam a questão racial no Brasil na contemporaneidade.

De forma não cronológica, sete atores interpretam personagens que retratam essas questões. Corpos tensos, atemporalidade e movimentação são as marcas desse ditirambo negro. Os atores mostram situações inconscientes e emblemáticas do preconceito e ao mesmo tempo da luta pela igualdade racial no Brasil.

Indicado ao Braskem/2008 nas categorias Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Dramaturgia, Melhor Ator, Melhor Atriz e Prêmio Revelação, o Espetáculo “O Dia 14”, texto e direção Ângelo Flávio, da Cia Teatral Abdias do Nascimento (CAN), ficará em cartaz sextas e sábados de novembro, às 20h, no Espaço Cultural da Barroquinha, Praça Castro Alves – ao lado do Unibanco.

SERVIÇO:

O Quê: “O Dia 14” na celebração do Ano Internacional dos Afro-Descendentes em Salvador.
Quem: Cia Teatral Abdias Nascimento – Direção Ângelo Flávio.
Onde: Espaço Cultural Da Barroquinha – Praça Castro Alves – ao lado do Cine Unibanco.
Quando: Sextas e Sábados de Novembro, às 20h.
Quanto: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

EDUFBA lança o livro Memoráveis paixões transculturais: euroafromeríndia, de autoria de Roland Schaffner


No próximo dia 10, a partir das 17 horas, acontecerá o lançamento do livro Memoráveis paixões transculturais: euroafromeríndia, de autoria de Roland Schaffner. Publicada pela Editora da Universidade Federal da Bahia, a obra será lançada no auditório da Faculdade de Comunicação da UFBA, durante as atividades da Semana de Arte Cultura Ciência e Tecnologia da UFBA.
Retrospectiva de convivências e atividades culturais realizadas no Brasil, na Índia e na Alemanha. Este é o ponto de partida da obra que busca entender e aproximar povos e culturas, respeitando suas diversidades e promovendo a defesa dos direitos humanos fundamentais.
Com a intenção de estabelecer a interculturalidade do Brasil, Índia e Alemanha, as atividades culturais realizadas nestes locais entre os anos de 1966 e 1999 são retomadas através de relatos pessoais, documentos, observações sociopolíticas e reflexões teóricas, além de esboços de viagens para estes países, incluindo metrópoles e seus interiores. Fotografias e gráficos acompanham o texto, que revelam os desafios enfrentados por atores culturais e artistas para manter ou conquistar seu espaço e liberdade de expressão.
Informações adicionais sobre este livro
ISBN: 978-85-232-0760-1
Ano: 2011
Número de páginas: 301
Formato: 18 x 25 cm
Serviço
O quê: Lançamento do livro Memoráveis paixões transculturais: euroafromeríndia, de autoria de Roland Schaffner
Quando: 10 de novembro de 2011, a partir das 17 horas
Onde: Auditório da Faculdade de Comunicação da UFBA, durante as atividades da Semana de Arte Cultura Ciência e Tecnologia da UFBA
Preço: R$ 45,00

Roland Schaffner

Foi diretor do Icba (Salvador) durante quase duas décadas (1970-1990) sendo uma referência de liberdade para artistas e intelectuais.

Roland Schaffner nasceu em Dresden (Alemanha), uma cidade que foi destruída pelos nazistas. Ele cresceu em Colônia, e desde os 14 anos pegava carona pelo sul da Europa e norte da África. Na Austrália trabalhou como carpinteiro. Ao voltar para a Alemanha descobriu a literatura comparada. Dos estudos literários, por 12 anos, seu interesse passou para a contextualização sociológica e política das artes. Seu trabalho foi único e modelo para os demais institutos. A coletividade escolheu o Icba como porta-voz de seus anseios, centro de realização e intercâmbio.
Depois ele foi trabalhar em Calcutá, na Índia. Retornou, desta vez para Belo Horizonte onde mobilizou o cenário cultural de forma inédita. Em 1992, Schaffner recebeu o título de cidadão soteropolitano e, em, agosto do mesmo ano, voltou a assumir o Icba em Salvador realizando o I salão de Arte Digital, fundou o primeiro núcleo do vídeo baiano, agitou o teatro musical e diversos outros artes. Em 1999 ele saiu do Icba e começou a escrever um livro com suas experiências interculturais em que contextualiza suas experiências.
Em 2009 por iniciativa do ator e antropólogo Antônio Godi, membro do Conselho Estadual de Cultura da Bahia, Roland Schaffner foi homenageado por sua contribuição à cultura baiana. Verdadeira universidade à parte, um “campus livre”, o trabalho de Schaffner foi revolucionário, participativo, compartilhado. Roland Schaffner é o nome que está gravado na memória de todos.

Sites referência:

domingo, 6 de novembro de 2011

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Filme Jardim das Folhas Sagradas, de Pola Ribeiro, estréia nesta sexta

Jardim das Folhas Sagradas de Pola Ribeiro
Esta é uma publicação do site: Correio Nagô



Estréia nesta sexta-feira, 04, em Salvador, e em mais sete cidades brasileiras, o filme “Jardim das Folhas Sagradas”, primeiro longa-metragem da carreira do baiano Pola Ribeiro. A produção conta a história do bancário Bonfim (Antônio Godi), um homem negro, bem-sucedido e casado com uma mulher branca e evangélica, mas que mantém uma relação homossexual. 

Um acontecimento trágico provoca transformações no protagonista e, então, ele decide cumprir uma missão que lhe foi dada e funda o terreiro de Ilê Axé Opô Ewê (Casa das Folhas Sagradas).

O filme aborda questões como meio ambiente, preconceito racial, ecologia, conflitos do cotidiano nas cidades e a especulação imobiliária, além de tratar de temas como bissexualidade, intolerância religiosa e preconceitos étnicos. 

O candomblé ganha destaque especial. Em “Jardim das Folhas Sagradas”, filme para o qual foi realizado um extenso trabalho de pesquisa sobre a religião afro-brasileira, são mostrados detalhes da crença e a espiritualidade dos personagens em suas rotinas. 

De acordo com o diretor, a proposta do longa-metragem é abordar o mistério que envolve a cidade de Salvador e o Recôncavo baiano, mostrando os costumes de sua população negra, que, acaba, comumente, sendo retratada de forma rasa. 

“Cada gesto, cada som, cada traje, comida, conceito e religião. A convivência com um mundo que se protegia nos seus fundamentos e que era ao mesmo tempo tratado como invisível pela mídia e pela sociedade, aguçava os meus sentidos”, afirma Pola Ribeiro. 

O elenco conta com, além de Antônio Godi, João Miguel (Estômago (2007) e Melhor Ator no Festival do Rio 2005 por Cinema, Aspirinas e Urubus (2005)), Érico Brás (atualmente no quadro fixo do programa Tapas&Beijos, da TV Globo), Harildo Deda, Evelin Buccheger, Sérgio Guedes e atores do Bando de Teatro Olodum. As cantoras Mariene de Castro e Virgínia Rodrigues fazem participações especiais. 
Confira o trailer clicando no endereço:

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Oficina de Teatro para Surdos na Biblioteca Publica Anísio Teixeira

Nas manhãs de sábado dos meses de Novembro e Dezembro será realizada a segunda edição do Curso de Teatro para surdos promovido pela Biblioteca Anísio Teixeira - Fundação Pedro Calmon, ministrado pelo professor e palhaço Marcos Fernandes.

O curso intitulado A PUREZA DO SILÊNCIO tem em sua metodologia a fusão da arte do palhaço e a Língua Brasileira de Sinais.


Vinculado a Biblioteca Anísio Teixeira (Fundação Pedro Calmon), referência no atendimento aos surdos, desenvolvendo várias atividades artístico-educativas. As aulas acontecerão todas nas manhãs de sábados, nos meses de Novembro e Dezembro do presente ano.

Eixo para esta proposta pedagógica “a nobre arte do palhaço” é uma técnica de interpretação para o teatro com forte trabalho expressivo, pois todo o corpo do palhaço fala e olha. Ultrapassando a simples representação, consiste na exploração e exposição cômica das qualidades e defeitos dos indivíduos que o vivenciam. Torna-se um modo de expressão pessoal. O palhaço põe em desordem certa ordem, erra e acerta onde não se espera, deve saber realizar seus fracassos com talento, trabalho e técnica.

O palhaço é aquele que sem “dizer uma palavra” é capaz de levar platéias à sorri e a chorar. Bons exemplos disto são os filmes do Charles Chaplin e o espetáculo teatral “O Sapato do Meu Tio”, onde ficam bem claras as potencialidades desta forma de expressão.

O trabalho e a técnica adotada dialogam com as diversidades e especificidades, não exigindo nenhuma forma de padronização, mas sim propondo com o que, cada sujeito tem para oferecer, permitindo total acesso de todos sem nenhuma descriminação, e nem empecilhos anatômico, comunicativos e ou étnicos.

SERVIÇO

O que: Curso de Teatro para surdos “A Pureza do Silêncio”

Com: Professor e palhaço Marcos Fernandes

Quando: 05, 12, 19 e 26 de novembro de 2011 (sábados) e 03, 10, 17 de dezembro de 2011

HORAS: das 08:30 as 12 HORAS

Onde: Biblioteca Anísio Teixeira
(Av. Sete de Setembro, 74. Ladeira de São Bento. Centro. Salvador. Telefone: 3117-6339/37

Inscrições gratuitas no local






“Vai ter teatro hoje?”, querem saber as crianças de Itinga


Ereoatá Ponto de Cultura em Itinga

essa é uma publicação do site


Cinco pessoas não conseguem circular pelo bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, sem ouvir esta pergunta. “Vai ter teatro hoje?”, querem saber as crianças, “vai ter teatro hoje?”, querem saber os pais. E os cinco integrantes do grupo Ereoatá se alegram. Se tem público, tem espetáculo, sim senhor! 

O mais legal é que há peças inventada pelos próprios meninos e meninas de Itinga. Eles aprendem a fazer personagens em papel-machê, papelão, garrafas PET e outros materiais alternativos, e depois de tudo pronto, criam coletivamente uma história para aqueles bonecos. 


“A minha boneca se chama Mérlia”, vem contar a menina Íris, que desde antes de completar seis anos [idade mínima para o projeto] pedia para participar.  Mérlia foi a mãe dos outros personagens na peça que o grupo dela criou. “O meu se chama Eddie. Ele tem um moicano azul”, mostra o colega Álvaro, de sete anos. 

Todos os sábados de novembro, a partir das 18h30, o palco do Ereoatá vai ser ocupado pelo espetáculo “Blup – nem tudo que cai na rede é peixe”, que promete ser “uma fantástica aventura no fundo do mar”.


Na trama, um caranguejo fica preso em um “coisa-ruim”, quer dizer, uma sacola plástica, e um peixe chega para salvar o amigo. Os personagens são feitos de materiais recicláveis, e o texto versa sobre a importância de não poluir as praias, a cidade e o mar. 

DESTAQUE: Quer assistir o trecho falado na reportagem acesse


De materiais reutilizados também são feitos o palco, as paredes e boa parte da estrutura da sede do Ereoatá. As paredes são de banners de propaganda de um cartão de crédito, o chão é de tábua de elevar produtos em supermercado, o piso é de lona publicitária…  

Além do palco, outros três ambientes acolhem as crianças, jovens e adultos alunos do projeto: o espaço da oficina de bonecos e artesanato, e a salinha dos livros e da leitura, onde também tem computador.

Em uma ante-sala, ficam os instrumentos musicais usados nos espetáculos, o que aguça a curiosidade de quem sobe ou desce a ladeira da praça José Ramos, perto da Escola Santa Júlia. 

Havia uma época em que tudo isso ficava na garagem de um dos fundadores do grupo, Rubenval Menezes, o que gerou até reportagem na TVE no ano de 2006 – um registro orgulhosamente guardado nos arquivos do grupo. 

“Na verdade, nossa história começou bem antes da garagem. Fomos alunos do projeto Tupã de Arte-Educação, criado por Hirton Fernandes em Lauro de Freitas nos anos 1990. Na época, chegamos a viajar para a Dinamarca, Peru, Bolívia, para fazer intercâmbios. Depois, ele propôs que cada um formasse um novo grupo, multiplicasse a ideia. Eliete e eu então fundamos o Ereoatá e depois fizemos faculdade [licenciatura em artes cênicas pela UFBA], onde conhecemos os outros parceiros”, conta Rubenval. 

A palavra Ereoatá, em tupi-guarani, quer dizer “fazer bonito”. E contém nela o “erê”, a “energia da criança” em iorubá – uma energia que, no fundo, é o que move os professores a darem continuidade às atividades que não param.

O folheto diz que é de segunda a sábado, mas se alguém passar lá no domingo, provavelmente vai encontrar alguém trabalhando.  “Amanhã mesmo [domingo, 30/10] vamos terminar uma encomenda de artesanato, porque é o jeito da gente garantir mais recursos para o projeto. Aqui, a gente atende os alunos, a gente faz a limpeza, a gente busca recursos”, conta Eliete Teles, “mas contamos também com o importante auxílio de monitores adolescentes”.   

A biblioteca é outro atrativo que não para de receber adesões. “A leitura é estimulada por um sistema de quadro de estrelinhas: quem ler mais livros ganha um prêmio no fim do mês”, conta a professora Valdíria Souza.

Nas horas vagas, os professores vendem peças de teatro de bonecos para escolas particulares e outras instituições. “Interessante é que nosso grupo leva os mesmos espetáculos para as escolas privadas, e as crianças dessas escolas estão com a mesma sede das crianças de Itinga!”, diz Rubenval. 

A correria é grande para promover sustentabilidade aos projetos sociais de arte-educação, e por isso nem sempre tem teatro aos sábados à noite. Como alternativa, o grupo oferece contação de histórias ou exibição de filmes. 

As crianças contribuem com o valor simbólico de R$ 1 [um real], mas a entrada dos pais é gratuita, um modo de estimular a participação e a integração ao grupo. Foi assim que Ruth Lopes, 35, mãe de Álvaro, se tornou aluna de artesanato e aprendeu a transformar garrafas PET em peixes, corais e outros personagens. 


 O Ereoatá trabalha com apoio de alguns programas de governo: Ponto de Cultura, Mais Cultura, Pronasci e Ponto de Leitura. Quem quiser entrar em contato com o grupo pode obter mais informações pelo email ereoata@hotmail.com ou 71 8813 4404 / 71 8884 8039.

Novembro Negro Salvador


Grupo de Teatro Palmares Iñaron & O.I.M - Oficina de Investigação Musical 
apresentam

IAURETÊ nos dias 10 e 24 de novembro, as 20h
no Largo Pedro Archanjo - Pelourinho

ENTRADA FRANCA!!!

Através do Centro de Culturas Populares e Identitárias, do Pelourinho Cultural e da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia o espetáculo IAURETÊ realiza duas (02) apresentações no Mês da Consciência Negra, nos dias 10 e 24 de novembro de 2011 no Largo Pedro Archanjo – Pelourinho, sempre às 20h, com entrada franca para todos os públicos. A peça teatral IAURETÊ aborda uma poética antropológica afro-indígena e convida o público para participar de uma celebração cênico-musical em que a reflexão sobre ancestralidade e contemporaneidade é determinante e presente.
 
Ficha Técnica: IAURETÊ
Realização: Palmares Iñaron e Oficina de Investigação Musical O.I.M
Texto: IAURETÊ (Adaptação das obras; Meu Tio O Iauaretê de Guimarães Rosa e Maíra de Darcy Ribeiro)
Adaptação e Direção Geral: Lia Spósito
Elenco: Maria Janaina e Victor Kizza
Orientação Artística: Antônio Godi
Direção Musical e Multimídia: Bira Reis
Percussão: Alessandro Mônaco e Marquinhos Black
Produção Executiva: Victor Kizza
Assistência de Produção: Heloisa Jorge e Ana Maria Soares
Iluminação: Everton Machado
Assistente Técnico: Nildo Brito
Programação Visual: Letícia Martins
Fotografia: Aldren Lincoln
 
Contatos:
 Victor Kizza
(71) 9188-3292
Grupo de Teatro Palmares Iñaron