sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Saí da INTERNET para entrar na VIDA


Divinha o que primeiro
Vem o amor ou vem dindim?
Eu nasci remediado
Criado solto no mundo
Coração dentro do peito
Não foi feito pra ter tudo
Se a vida não dá receita
Eu não vou pagar a consulta
Escrevi no meu caderno
Não passei a vida à-toa
                              (Zeca Baleiro)
 
A internet tem sido o melhor meio de comunicação e de trocas dos últimos tempos. Através de sites, blogs, páginas de relacionamento as pessoas tem deixado suas mensagens, tem dito o que pensa, ou apenas espalhado palavras de amor.
Na minha nova casa na internet, tenho publicado poesias, pensamentos, devaneios, desabafos e reflexões. Palavras que vem do coração e que eu insisto em colocar para fora e espalhar para mundo. Quem gostar, por favor, divulga, entra lá e deixa um comentário, é sempre bom ter retorno principalmente das pessoas que gostamos e respeitamos.
Se você ler esta postagem, entra lá, é só um clikc http://valdiriasouza.blogspot.com – O Canto do Silêncio.
 
Tem muito tempo que não escrevo, não dou notícias, se quer uma nota.
Muitas coisas aconteceram desde a última postagem. Muitas coisas boas aconteceram e o ritmo de trabalho tem me tirado da frente do computador.
Hoje em pleno dia de Sol, as 15:42h de uma maravilhosa sexta-feira, estou sem trabalhar e resolvi pensar algo para escrever no blog.
Fiquei imaginando: Um pedido de desculpas, ou quem sabe uma relação de todas as atividades culturais que temos realizado no Grupo Ereoatá Teatro de Bonecos, do qual estou fazendo parte desde agosto deste ano.
Então resolvi não fazer nem uma coisa nem outra.
Este blog assim como o outro que criei: http://valdiriasouza.blogspot.com são uma maneira que eu encontrei de não me sentir tão só e também um forma simples de divulgar e guardar meus trabalhos para a posteridade. Claro que este aqui o “Nós na Cidade” tem muitos outros objetivos, relacionados principalmente aos assuntos que gosto de estudar, enquanto que o outro “O Canto do Silêncio” é o local de devaneios, de pensamentos e poesias. Então, talvez esta postagem coubesse mais lá, já que lá o meu papo com os meus amigos e internautas é mais leve, menos formal.
 
No Blog Nós na Cidadehttp://nosnacidadeteatro.blogspot.com criado no dia 12 de maio deste ano, proponho incluir notícias sobre diversos assuntos ligados as atividades culturais da cidade de Salvador e do estado da Bahia. É um blog artístico, direcionado para o teatro, mas que também possui espaços para outras atividades culturais, relacionadas às temáticas sobre Nós e a Cidade, relações com temas afro-brasileiros e africanidades.
Publiquei também o meu TCC – Trabalho de Conclusão de Curso apresentado dia 18 de junho de 2008 na Escola de Teatro da UFBA, cujo título Nós na Cidade: uma interação entre teatro, educação e identidade, inspirou totalmente o nome do blog e a linha de assuntos que desejo discutir sobre as temáticas afro-brasileiras no teatro e na educação.

Digamos que essa postagem seja o pedido de desculpas pela minha ausência sim, mas ao mesmo tempo não me senti exatamente na obrigação de postar. Quero e vou publicar muitas coisas ainda, inclusive mudar um pouco a cara deste blog, mas sinto que neste momento a realidade do dia a dia tem exigido muito mais minha presença do que a realidade virtual. Ou seria ao contrário também, eu que tenho exigido mais da vida real e saí da vida virtual. Ultimamente não tenho sentido tanta falta da internet e tenho me dedicado pouco a ela, mas ao mesmo tempo muita coisa precisa ser dita, muitas mensagens interessantes precisam ser trocadas. Alguns assuntos aqui postados poderiam ser mais desenvolvidos.

Ainda quero, por exemplo, voltar a falar do PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil aqui na Cidade de Lauro de Freitas. Descobri que o local que eu dei aula no programa foi fechado no Bairro de Itinga e que além de mim, duas semanas depois da minha demissão 3 professores pediram demissão, dois deles trabalhavam no mesmo núcleo que eu trabalhei e uma delas, uma pedagoga pediu demissão com a frase “isso aqui não é para mim”. Ai que pena eu estou sem tempo de escrever, são tantos assuntos, esse mesmo ia dar muito pano para a manga, mas quem sabe eu não consiga escrever ainda muito mais sobre ele.

Uma outra coisa que eu quero sempre lembrar neste blog são assuntos relacionados a Cultura Afro-Brasileira. Livros e sites para indicar, fotos, documentários e tantas outras coisas.
Um assunto não menos importante: TEATRO, ou ARTE de modo geral. Dizem as más línguas que quem faz teatro, não vê teatro, e é quase uma verdade. Hoje que estou trabalhando mais ativamente como atriz e professora de teatro, não tenho tido tempo para assistir espetáculos, dois deles muito importantes sobre a temática afro “OGUM DEUS E HOMEM” e “QUEM CANTA PADILHA” eu não assisti e sinto muito por isso, pois não posso por exemplo escrever nada sobre esses dois espetáculos de diretores e atores baianos produzidos em Salvador que eu Realmente queria muito ter assistido, mas infelizmente não pude.

CHAMO ATENÇÃO PARA O MURAL
É com muito prazer que inauguro o Mural, um local de exposição de trabalhos no Blog “Nós na Cidade”, para serem baixados e ou acessados por todos.
Estamos comemorando mais de 1.200 visitantes e o Mural recebe o Trabalho de Conclusão de Curso – TCC – A Pureza do Silêncio: a fusão entre a arte do palhaço e a Língua Brasileira de Sinais enquanto poética corporal no ensino de teatro, de autoria de Marcos Antônio dos Santos Fernandes, apresentado este ano na Escola de Teatro da UFBA e publicado na Escola de Teatro e aqui no nosso Blog.
O Trabalho é uma narrativa poética e minuciosa que levanta questões sobre acessibilidade do ensino das artes, a partir da experiência prática do educador, palhaço e iluminador Marcos Fernandes, para surdos em uma turma da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez Wilson Lins (CAS/Ba).

O Educador Marcos está realizando a mesma experiência com um projeto de Teatro para Surdos na Biblioteca Anísio Teixeira, localizada na Avenida Sete de Setembro em Salvador, aos sábados das 08:30h as 13:00h gratuitamente.

Faço, ou melhor dizendo, fazia a manutenção do Blog de Raimundo Sucupira http://raimundosucupira.blogspot.com e nem para este meu amigo o Poeta Raimundo Sucupira não tenho dedicado meu tempo, se quer um pedacinho dele.

Uma coisa eu tenho que afirmar. A internet me foi muito útil para passar meu tempo, principalmente nos momentos de solidão, mas só estou sentido falta dela em dois momentos na vida: O primeiro é quando preciso falar com alguém, mandar um e-mail, e o outro é quando sinto muita vontade de escrever. Então eu escrevo em papel de madrugada, as vezes esqueço, as vezes rasgo, mas não tenho achado tempo para digitar e publicar.

Por isso amigos, aguardem, continuem acessando os blogs pois minhas páginas não serão mais umas esquecidas nas páginas virtuais da vida real, estou aqui, viva!

A vida real é dura, custa caro e não dá troco, mas eu estou me divertindo muito!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

I Seminário Interativo "O Teatro de Bonecos na Formação do Professor"


Formado por quatro professores licenciados em teatro na Universidade Federal da Bahia, o Grupo Ereoatá de Teatro de Bonecos, surgiu em 2001 a partir das atividades de pesquisa desenvolvida pela Cia Tupã de Teatro, onde cada ator/pesquisador, ou dupla de atores, assume também o papel de multiplicador de sua própria experiência artística, em continuo processo de elaboração, formando e dirigindo seu próprio grupo de atores, numa proposta de fortalecer o desenvolvimento do teatro de grupo e formar novas companhias direcionadas a pesquisa.

Atualmente o grupo que vem desenvolvendo pesquisas práticas e teóricas na linguagem do teatro de bonecos, foi contemplado como Ponto de Cultura, recebendo assim recursos para ampliar suas atividades de arte-educação, onde o objetivo principal é promover o desenvolvimento integral de crianças e jovens através da realização de atividades artísticas, culturais e educativas com ações e temas relacionados a realidade local de Lauro de Freitas, mais especificamente a comunidade de Itinga que é atendida pelo projeto que no ano de 2009 atendeu mais de 100 educandos entre crianças, jovens e adolescentes que estão aprendendo a fazer teatro exercendo sua cidadania.

Dentro das ações do Ereoatá Teatro de Bonecos em seu projeto do Ponto de Cultura estão programadas além das oficinas diversas ações que possam atender a comunidade visando a produção, pesquisa e difusão dessa arte que vem se desenvolvendo no Brasil a partir dos anos 80, contribuindo com o desenvolvimento performático dos artistas de várias áreas, e também contribuindo com a valorização do universo lúdico e poético para iniciação teatral infantil e também como anteparo na educação formal para discutir diversos assuntos e aproximar a criança deste mundo mágico e de fantasias que é tão necessário, contribuindo com a educação estética e sensível.

O I Seminário Interativo: O Teatro de Bonecos na Formação do Professor Seminário direcionado a professores, educadores e profissionais da educação da rede pública e privada de Lauro de Freitas e Salvador. Na programação além de uma exposição de conteúdos relativos ao teatro de bonecos no contexto educacional as palestrantes ministrarão oficinas de construção de fantoches e de bonecos de jornal demonstrando formas de manipulação e tipos existentes de bonecos no Brasil e no mundo.

Dia 13/08/2010 das 14 as 18h (nesta sexta-feira)
No Ereotá Teatro de Bonecos
Itinga - Lauro de Freitas (próximo a Escola Santa Julia).
Inscrições GRATUITAS por e-mail: ereoata@hotmail.com

Ereoatá é uma palavra de origem indígena que significa (fazer bonito) e que encontra em seu prefixo a palavra "Ere" que em yorubá quer dizer (energia da criança). Duas palavras que tem uma relação muito próxima com a proposta de trabalho do grupo.

Para saber mais: http://ereoata.ning.com/
Visite também o nosso blog: http://ereoata.arteblog.com.br/

domingo, 1 de agosto de 2010

FESTIVAL DE ARTE-EDUCAÇÃO

Salvador é palco da cidadania em agosto

Festival comemora 16 anos de arte e transformação social

No mês de agosto, Salvador será a capital nacional da arte-educação, com a realização do I Festival de Arte-Educação: A Cidade CRIA Cenários de Cidadania. O evento, promovido pelo CRIA – Centro de Referência Integral de Adolescentes, acontece entre os dias 12 e 18 de agosto, no Teatro SESC / SENAC Pelourinho, e terá uma vasta programação, com oficinas, palestras, exposições e mostras de vídeos.

O teatro, com espetáculos apresentados por jovens, mestras da cultura popular, quilombolas e indígenas é a expressão principal dos novos cenários de cidadania que se desenham a partir dessa arte. Ao todo, são 15 espetáculos, entre montagens do CRIA, esquetes de grupos comunitários e mostras das oficinas, que configuram um painel de experiências criativas de transformação pessoal e social.

O objetivo do festival é ser um espaço de encontro, de diálogos, discussões conceituais e disseminação das experiências do CRIA com a arte-educação. A programação do festival continuará em setembro, com mostras artísticas no Solar Boa Vista, e até dezembro nas diversas comunidades em que vivem os jovens participantes dos grupos artísticos. A expectativa é mobilizar cerca de 10 mil pessoas.

Atualmente, o CRIA desenvolve um trabalho direto com 184 pessoas. São 74 crianças, adolescentes e jovens de Salvador, com idades entre 10 e 28 anos, além de 50 familiares que participam de encontros de formação e discutem temas como direitos sexuais e reprodutivos e atuação comunitária. A esse grupo somam-se 60 jovens e adultos de grupos comunitários de Salvador, e de 15 cidades do interior do Estado que fazem parte da Rede Ser-Tão Brasil, participando diretamente das atividades de fortalecimento e articulação para a formação sócio-cultural desse público.

Em paralelo ao fortalecimento interno, à composição de um repertório de peças de teatro, vídeos e publicações e à articulação da Rede Ser-tão Brasil, o CRIA dedicou esforços para a formação de jovens, que hoje são lideranças em seus bairros, são referências importantes para outros jovens e crianças e dirigem seus próprios espetáculos.

A presença na programação de 06 espetáculos dirigidos por esses jovens é a principal marca da expansão dos ideais do CRIA e da diferença deste festival para as mostras realizadas nos últimos sete anos, quando entravam em cena apenas os grupos do repertório do CRIA. A instituição acredita que essa é uma demonstração concreta de que a sua missão de despertar sensibilidades e provocar nas pessoas atitudes transformadoras de si e da sociedade em que vivem está sendo realizada.

PROGRAMAÇÃO

12/08 (quinta)

16h00 - Abertura: Cenários e Diálogos de Arte-Transformação (Maria Eugênia Milet)

16h30 - Espetáculo: O Rio que Vem de Longe (Ilo Krugli)

18h00 – Coquetel

19h00 - Espetáculo: O Vento Forte (Mestras da Cultura Popular e Grupo Luz do Sol, de São Tomé de Paripe)

13/08 (sexta)

8h30 às 12h30 – Oficinas

15h – “O Cata Vento Amarelo” - Grupo Cara de Tacho (Pintadas) - 55 min

19h – “Quem somos nós?” - Grupo Pessoa Comum (CRIA) - 50 min.

 
 

14/08 (sábado)

8h30 às 12h30 – Oficinas

15h - "Onde está o seu racismo?" - Grupo Oloruns da Arte (45 min) e "Assim dizem os mais velhos" – Grupo Obás de Oyó (45 min)

19h – “Quanto Custa?” - Grupo Mais de Mil (55 min)

15/08 (domingo)

8h30 às 12h30 – Oficinas

15h – “Tráfico Humano” - Grupo Realidade (Arenoso – 15 min) e “Tráficos de Seres Humanos” - Grupo Sem Opressão (Cosme de Farias – 15 min). Participação da Socióloga Marlene Vaz e da Coordenadora do Instituto Winrock Internacional Brasil, Débora Aranha.

17h - Tarde de Improvisação - CRIApalhaço e Teresa Bruno ( 30 min)

16/08 (segunda)

8h30 às 12h30 – Oficinas

15h - "Lendas e contos africanos” - Grupo Beje Oró (60 min)

19h – “Quem me ensinou a nadar?” - Grupo Iyá de Erê (50 min)

17/08 (terça)

8h30 às 12h30 – Oficinas

15h – “S.O.S Meio Ambiente” - Bejimirô (São Francisco do Conde – 25 min) e “Cantos e Encantos” - Grupo Luz do Sol (São Tomé de Paripe – 20 min)

19h - “Poesia em construção” - CRIApoesia (40 min)

18/08 (quarta)

16h- Encerramento do Festival - Mostra do resultado das oficinas

Nota:


Já estão à venda os ingressos para os espetáculos do I Festival de Arte-Educação: A Cidade CRIA Cenários de Cidadania, que será realizado de 12 a 18 de agosto, no Teatro SESC / SENAC Pelourinho. Também estão abertas as inscrições para as oficinas de TEATRO DE BONECOS, CLOWN E TEATRO DO CRIA. A consulta aos pontos de venda e as inscrições podem ser feitas no site www.criando.org.br/festival.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

EDITAIS SEPROMI

SECRETARIA DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE APOIA PROJETOS DA SOCIEDADE CIVIL COM DIMENSÕES DE RAÇA E GÊNERO

http://www.sepromi.ba.gov.br/modules/mastop_publish/?tac=1014

EDITAL DE SELEÇÃO DE PROJETOS - 2010/2011

A Secretaria de Promoção da Igualdade torna público o presente EDITAL DE SELEÇÃO DE PROJETOS da sociedade civil (entidades do movimento social, organizações não governamentais, associações) para apoio institucional técnico-financeiro a projetos sociais, com ênfase em raça e/ou gênero. O processo seletivo tem o objetivo de celebrar CONVÊNIO com a entidade selecionada, em consonância com as diretrizes e critérios abaixo descritos.

1. DA AUTORIZAÇÃO.

Os projetos serão apoiados com recursos estaduais, oriundos do PROJETO/ATIVIDADE 14.422.190.3645- Apoio Técnico-financeiro a PROJETOS DE ORGANIZAÇÕES DOS NEGROS E DE MULHERES e outros que possam ser captados através de convênios com outras entidades de direito público ou privado.
1.1 - A seleção dos projetos não obriga a Secretaria de Promoção da Igualdade a formalizar
imediatamente os convênios, caracterizando apenas expectativa de direito para os selecionados. O prazo de validade desses projetos coincidirá com o calendário integrante desse Edital.

2. OBJETIVO GERAL

Selecionar e dar apoio institucional a projetos apresentados por entidades sediadas no Estado da Bahia, para o desenvolvimento de ações relacionadas às finalidades da SEPROMI – promoção da igualdade racial e de gênero, promoção e defesa dos direitos das mulheres, promoção e defesa de direitos dos negros, inclusive o fortalecimento de comunidades quilombolas e de terreiros de religiões de matriz africana, em uma das seguintes categorias:

2.1 – FORMAÇÃO EM PROMOÇÃO DA IGUALDADE: projetos desenvolvidos nas modalidades oficinas ou cursos para a formação cidadã, nas dimensões racial e/ou de gênero, carga horária de no mínimo 16 horas com apresentação detalhada da programação do evento e, ao final, relatório de avaliação de resultados.

2.2 - EVENTOS: projetos de seminário, encontro, manifestação pública e similares, para o fortalecimento da organização política e a popularização da temática racial e/ou de gênero, com a apresentação detalhada da programação do evento e, ao final, relatório de avaliação de resultados.

2.3 - REGISTRO E MEMÓRIA: projetos de registro de experiência ou memória sobre personalidades, organizações da sociedade civil ou manifestações étnico-politico, relacionadas à defesa de direitos e à promoção da igualdade racial e/ou de gênero, que resultem na produção de vídeo-documentário, exposição fotográfica, catálogo, livro ou similar.

2.4 - DATAS DE REFERENCIA HISTÓRICA: projetos, nas dimensões racial e/ou de gênero, para os meses de março/2010 e novembro/2010, formulados para as comemorações do 8 de março, Dia Internacional da Mulher e do 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra.

3. FORMAS DO APOIO INSTITUCIONAL.

O apoio institucional será concedido na forma total ou parcial, não excedendo ao limite de R$20.000,00 (vinte mil reais), mediante a celebração de convênio, observadas as disposições legais previstas na Lei Estadual 9433/05, excluindo-se, inclusive, despesas relativas à reforma e ampliação de sedes, aquisição de equipamentos e contratação de pessoal para atividades administrativas.

Conversas sobre Cultura n° 2

Venha participar do 2º dia do “Conversas sobre Cultura-Xisto Bahia”, projeto que promove encontros quinzenais, às sextas-feiras, que abre espaço para palestras e diálogos com artistas, discutindo, entre outras coisas, problemas e possíveis soluções que existem no cenário artístico do estado e as iniciativas inovadoras que vêm sendo utilizadas para a promoção da cultura. Esses encontros têm o objetivo de fazer conhecer, compartilhar e multiplicar essas experiências.
O tema desta sexta-feira, dia 30/07, será “residência e ocupação de espaços”.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

OGUM DEUS E HOMEM



Encontros de Direção e Produção

Nos dias 28, 29 e 30 de julho acontecem, no Centro Cultural Plataforma, os “Encontros de Direção e Produção Teatral”, onde a diretora Fernanda Júlia Barbosa e a produtora Susan Kalik, estarão trocando idéias e informações sobre os processos a cerca da montagem e produção de espetáculos teatral, com ênfase em Ogum, Deus e Homem que estréia em Setembro no Teatro Martim Gonçalves.

Inscrições

Poderão participar das oficinas diretores de grupos de teatro que trabalhem com a linguagem afro-baiana, diretores de grupos de teatro do subúrbio e alunos da Escola de Teatro da UFBA.

As inscrições serão feitas pelo site: http://ogumdeusehomem.blogspot.com, ou pelo http://www.plataformacultural.com/, a partir do dia 21/07/2010.

Espetáculo Sete Ventos




Com texto criado a partir de entrevistas com mulheres negras, o espetáculo conta a história de Bárbara, uma escritora negra, filha de Iansã, que conta e revive as histórias das mulheres que influenciaram a sua vida.

O monólogo, conduzido pela atriz Débora Almeida, mostra a história do próprio negro brasileiro, que tenta reconstruir sua história e sua identidade cercado pelas contradições do seu cotidiano.

Cabaré dos Novos
Dia 24 e 25 de julho| sábado e domingo | 17h
Entrada franca (retirar ingressos na bilheteria até uma hora antes do evento)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Em uma outra Cidade Próxima

Eu queria poder fazer uma postagem todo dia, assunto é que não falta relacionados às temáticas do Nós na Cidade, no entanto acabei de entrar em uma outra cidade que está exigindo muito de mim.

Estou acordando todos os dias 5 horas da manhã, dormindo quando consigo sempre depois da 00h, imagine você que fazia pouco tempo que não saía bem da cama antes das 10h, só levantava cedo quando tinha compromisso e agora, por obrigação, necessidade, pasme, prazer, eu estou conseguindo sentir prazer em acordar cedo, (se eu não estivesse vivendo esta situação e alguém me contasse, não acreditaria), para dar aulas para crianças e jovens em um programa chamado PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil em Lauro de Freitas.

Fui contratada através de concurso publico temporário para ser Agente Social pela prefeitura da cidade, tenho que dar aulas em turnos opostos as aulas das meninas e meninos, turmas mistas, com crianças de 8 a 11 anos e adolescentes com 12 aos 15 anos. Imagine você que sendo esses meninos e meninas tudo em uma sala só.

Pois é. Ninguém me disse que ia ser fácil, a primeira coisa que está sendo difícil para mim é dormir e acordar, sempre gostei de dormir tarde, escrevendo, lendo, assistindo filme e acordar qualquer hora, principalmente depois das 10 horas, mas agora, estou tendo que adaptar meu corpo ao novo sistema.

Estou ainda na primeira semana na Sala de aula. Mas apesar de ser Licenciada em Teatro pela Escola de Teatro da UFBA tive que me submeter ao sistema, aplicando aulas de Leitura e Escrita, Artes, Meio Ambiente, Lúdico Matemático (é hoje a primeira aula e eu ainda não sei o que fazer) e Jogos e Esportes.

Estou com muito trabalho mesmo, mas vamos lá para o 4º dia de aula, primeiro dia de Lúdico Matemático.

Se alguém quiser saber o resultado é só me perguntar eu conto, mas se vocês quiserem saber mesmo, eu até sei matemática, mas se você não tem didática para aplicar fará um trabalho satisfatório?

Estou indo, não posso perder o ônibus, tenho que está lá as 8 horas em ponto e não posso chegar atrasada.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Áfricabaianidade


Sou africano no sangue
Na nacionalidade
No sentimento
Na força
Na nostalgia
Na luta
Na liberdade
No amor a terra
Na amizade
No grito
Na humildade
No canto
Eu sou Ilê
Sou Oludum
Maculelê
E o Candomblé
Eu sou africano
De raça e de cor
Sou simples humano
Que falo de amor


Valdíria Souza

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O Público lotou o Teatro Estádio nos 4 espetáculos das Dionisíacas

O Teatro Oficina deve ter obtido o mesmo sucesso de publico que teve das outras vezes quando esteve em temporada em Salvador.

O Teatro Estádio construído em um terreno recém desmatado no Campus de Ondina, atrás da Escola de Dança da UFBA, possuía arquibancadas com capacidade para 2.000 pessoas. E mesmo com o São João, o público compareceu.

O primeiro dia com Taniko uma peça do repertório Nô Japonês, mas recriada pelo teatro Oficina, como Nô Bossa Nova Tranzênico, foi o único dia que as arquibancadas não ficaram totalmente lotadas.

Em todos os espetáculos os atores pediam a participação do público, muitas vezes para cantar, ou até para entrar em cena, para dançar, torcer e se divertir.

Em Taniko fomos chamados para amarrar uma fita em uma árvore que no espetáculo representava o “teatro da árvore nagi, no Templo Imaguma-no”, menção as Cerejeiras Japonesas, em Salvador eles fizeram ligação direta com as árvores sagradas do candomblé, a música cantada durante a encenação da fita, “Faixa de Cetim” de Ary Barroso remetia as nossas tradições nos cultos afros.

Uma encenação leve, com muitas alegorias em cena, poesia, pouco ou nenhum nu, com muitas informações sobre personagens do teatro Japonês que me fizeram viajar em algumas pesquisas na internet para saber mais.

No segundo dia do Dionisíacas tive uma aula de história do Teatro Brasileiro com a peça Cacilda! Estrela Brazyleira a Vagar (brasileira é escrito assim mesmo). Trata-se de um musical com trilha ao vivo, composta por música de todas as épocas.

O público foi convidado a entrar no teatro com canções que remetiam ao período junino e logo após Zé Celso, comandou uma pequena quadrilha com o público fazendo um túnel na entrada do teatro. Foi só alegria!

Me diverti muito neste espetáculo, mas gostaria de deixar registrado dois momentos que me marcaram profundamente, o primeiro foi a torcida para Emilinha Borba e Marlene. O Público foi chamado para torcer pelas atrizes que apareceram uma em cada canto do estádio, eu gritei tanto, mas tanto que fiquei rouca, mas foi uma delícia, ver acontecer ali o que acontecia no teatro brasileiro, onde as estrelas tinham torcidas organizadas que disputavam no grito.

O segundo momento foi entrar em Terras dos Sem Fim de Jorge Amado e ir parar em Ilhéus, cidade onde nasci, junto com Cacilda e todo elenco do Oficina com um delicioso banho de chocolate, para saber mais convido todos a entrarem no Blog de Demian Reis e conferi fotos e a postagem “Cacilda de Zé Celso teve sabor de chocolate de Ilhéus”.

O terceiro dia Bacantes, o espetáculo mais musical do Teatro Oficina, com danças, mitologia grega, trazendo para cena os sátiros e os deuses, porém acrescidos de representações de rituais xamânicos, indígenas e africanos.

É um espetáculo definido pelo próprio grupo como “um inédito estilo de musical a Ópera de Carnaval”, onde o público se divertia cantando e dançando dentro do espaço de encenação que foi aberto por um carro que trazia os personagens.

O CarroNaval da Carranca na Proa atraca no Canal, trazendo toda, a tripulação com as fantasias, balagandãs phalos abrindo comassobios de trombetas de Zé Pereira.

Para o Susuro de Carnaval: Evoé!

CORO

(cantando)

Quem disse que a escola de samba não sai,

Não tem cabeça pra pensar,

A escola, vai sair,

E o povo vai cantar

E eu vou gargalhar

Quá, quá, quá, quá

Quá, quá, quá, quá

Não tem perdão

Não é a primeira vez

Você errou sem querer,

Coração

CORO

ió! Pã!

(o carro entra assoviando o Zé Pereira,

com muita cautela, em cada novo Porto, levanta o mastro e os Tyrsos Trombetas)

Das terras da Ásia

das santas montanhas floridas

do Tmolo!

Eu chego

com o deus do barulho!

(Rodando ovalmente por todo espaço saudando o publico e o cosmos)

iÓ! iÓ! iÓ!iÓ! iÓ! iÓ! iÓ!iÓ!

iÓ! iÓ! iÓ!iÓ! iÓ! iÓ! iÓ!iÓ!

A dor é doce

O fardo é leve

Cantando

Evoé Baco! Evoé!”

Diversas vezes me remeti aos grandes espetáculos de circo que assisti quando era criança, onde o público era sempre convidado a torcer e acompanhar e foi muito disso que vi em cena também, principalmente quando os atores entraram jogando água no público, provocando uma imensa gritaria, por desconforto de uns e divertimento de outros.

O quarto e último dia O Banquete, que fecha o estádio. O Clássico diálogo de Platão recriado pelo Oficina “como forma de encontrar uma nova arte do falar, mais próxima do canto, do phalar”.

Fomos convidados no início do espetáculo a deixar nossos sapatos em uma sacola plástica e se quisesse sentar/deitar nos colchões ao lado da mesa onde seria servido o Banquete. Eu preferi sentar junto à mesa para participar mais ativamente do Banquete, que servia vinho, para quem havia pagado na entrada o valor de R$ 5,00 por taça (durante o espetáculo o vinho deveria ter sido servido ao público 3 vezes) e muitas frutas e beijus em grandes cestas colocadas a mesa para todos.

Após os personagens do Banquete ter se colocado ao lado do público o personagem Agatão, vestido como Dionísios das Bacantes (o dia anterior) abre o Banquete dizendo o seguinte:

“AGÁTÃO

Comecemos.

Ao Banquete, já!

Quem veio pra cá

com pé atrás

espero terem no Armário depositado como jóia

toda a paranóia…

(para os Garotos e Garotas Escravo(a)s)

Mimem nossos convidados mais que gueixas

não vamos dar asas pra queixas.

E vocês meus convidados

comam todos os desejos por vocês desejados

não vou dirigir nem deixar nada determinado,

eu mesmo não quero passar de um convidado.

Oh vocês, cada belo ou bela Ganimedes,

sirvam-nos com o que o desejo péde

nós vamos vos servir com amor que não se méde”

Durante toda encenação fomos convidados a comer, beber e a subir na mesa/palco para participar da encenação. Beijos, abraços, desejos, “amor que não se mede”, claro para quem “depositou no armário toda paranoia”.

De um lado a Cantata para Eros, promovida pelos personagens Agatão, Pausânias, Erixímaco, Aristófanes, Orfeu, Alceste, Aquiles, Pátroclo, Hector, Paris, acompanhados pelo Coro das Bacantes e dos Satyros e do outro lado o Olimpo com os deuses gregos Zéus, Hera, Apolo e Eros.

Não tenho muito o que falar desse dia, se eu fosse descrever tudo o que aconteceu, tudo que eu vivi e senti não acabaria hoje, ficaria aqui dias escrevendo esta postagem, mas o meu objetivo na realidade era registrar essa passagem do Teatro Oficina, que realizou na Escola de Dança da UFBA diversas oficinas e esses quatro espetáculos que teve lotação completa todos os dias, apesar que todos os dias, devido a longa duração dos espetáculos, problemas com transporte publico de nossa cidade e também talvez por não ter gostado do espetáculo, as pessoas se retiravam durante a encenação.

Notei que no Banquete a saída do público do teatro estádio foi logo no início do 1º ato onde não havia dado tempo nem de esquentar o lugar.

Tenho que parabenizar o teatro Oficina pela vivência proporcionada, tanto na oficina de atuação que eu participei na escola de Dança, que no primeiro dia foi realizada com os integrantes de todas as oficinas, mais de 100 pessoas, tanto nos espetáculos que me fizeram sentir-me livre e feliz, mesmo rouca, cantando, dançando participando ativamente quando era chamada.

Termino aqui com a seguinte frase do hinário distribuído junto ao programa da peça:

“Se não tivesse vinho, não tinha Vênus e nenhum prazer aos mortais ia sobrar, aí então, melhor era tudo se acabar”

Evoé!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

TURNÊ DO TEATRO OFICINA CHEGA A SALVADOR COM DIONISÍACAS


O Teatro Oficina chega a Salvador sob a direção de Zé Celso Martinez Corrêa para apresentar quatro peças que integram a turnê nacional do Dionisíacas em Viagem. O projeto tem apoio do Ministério da Cultura e manutenção da Cia Oficina pela Petrobras. As peças serão apresentadas de 25 a 28 de junho no Teatro de Estádio (instalação itinerante montada no Campus de Ondina da UFBa, atrás da Escola de Dança da UFBA). Todos os espetáculos de teatro são gratuitos, com sugestão de doação voluntária de 1kg de alimento não perecível, brinquedos e flores para a peça Cacilda!

O “Carronaval das Dionisíacas” é composto por 29 músicos e atores da companhia em cena, numa equipe que engloba mais de 100 pessoas em todo o Brasil. Somente O time que viaja na turnê (formado por técnicos, produtores e artistas) conta com 57 pessoas. Em cada cidade visitada, um teatro/instalação (chamado de Teatro de Estádio) com capacidade para 2 mil pessoas é construído, abrigando uma estrutura de duas toneladas de equipamento de som, 150 refletores, dez projetores de vídeo, 12 tendas de camarins e área de convivência para comidas e bebidas. Uma equipe de vídeo (responsável pelas gravações e projeções durante as peças) e outra de web, ainda compõem o Dionisíacas, pois os espetáculos são transmitidos ao vivo pelo site www.teatroficina.com.br.

O primeiro espetáculo teatral a ser apresentado acontece no dia 25 de junho (sexta feira, 20h). Trata-se de Taniko, o Rito do Mar, baseado em peça de Zeami (1363 a 1443), dramaturgo e dançarino japonês criador do Teatro Nô. Numa recriação de Luis Antonio e José Celso Martinez Correa, esse rito foi transformado na primeira viagem dos imigrantes japoneses ao Brasil, oferecendo ao público um musical “nô bossa nova tranzênicu”. Taniko é um espetáculo diferenciado na programação do Dionisíacas – tanto pela sua duração, de cerca de 1h30, quanto pela encenação, indicada ao público de todas as idades.

No dia 26/06 (sábado, 18h) será a vez de Estrela Brazyleira a Vagar – Cacilda!!, segunda parte da maxi série teatral sobre a vida e obra da atriz Cacilda Becker, aqui em início de carreira, interpretada por Anna Guilhermina. Escrita e dirigida por José Celso Martinez Corrêa e Marcelo Drummond, trata-se da mais recente obra da Cia Oficina – foi produzida no final de 2009 –, passeando pela história do Brasil entre as décadas de 1940 e 1960, sob o ponto de vista de uma das maiores artistas brasileiras.

Já no dia 27/06 (domingo, 18h), o público poderá conferir Bacantes, de volta a Salvador depois de 14 anos desde a primeira encenação no MAM. A peça reconstitui o ritual de origem do Teatro em 25 cantos e cinco episódios. Com música composta por Zé Celso, a última tragédia grega conhecida – Bakxai (406 a.C.), de Eurípides –, é encenada como ópera de Carnaval para cantar o nascimento, morte e renascimento de Dionysios, Deus do Teatro. Uma das mais conhecidas – e polêmicas – obras do Teatro Oficina, Bacantes foi apresentada em 1996 com enorme sucesso na capital baiana, em sessões que até hoje são consideradas por artistas do grupo como algumas das mais instigantes da história da Cia.

As apresentações teatrais serão encerradas no dia 29/06 (segunda feira, 20h), com O Banquete. Criado e recriado por Sócrates, Platão e Zé Celso, numa Ode ao Amor, a montagem traz para a cena entidades míticas como Zeus, Hera, Eros, a deusa Embriaguez, Pênia, Jesus e Fidel Castro, reunidos numa festa promovida por um grande ator grego que acaba de encenar as Bacantes no Teatro de Estádio. A peça foi montada a convite do Festival de Zagreb, na Croácia, e em junho de 2009 iniciou temporada em São Paulo, também com enorme sucesso. A encenação marca a comemoração final das Dionisíacas e é seguida de uma grande festa com o público, ao som da Banda Tigre Dente de Sabre, cujos músicos acompanham a turnê.

Público Baiano – “O fato do público baiano gostar de brincar e atuar, e, principalmente, de reconhecer a mitologia grega através dos cultos afro-brasileiros faz com que ele tenha uma compreensão muito maior da nossa encenação que em outros lugares”, comenta Zé Celso, que pretende conseguir nessa turnê o mesmo sucesso de público das visitas passadas a Salvador.


Serviço

Oque: Dionisíacas

Quem: Teatro Oficina Uzina Uzona - SP

Quando: de 25 a 28 de junho de 2010

Onde: no Campus de Ondina da UFBa, atrás da Escola de Dança.

Entrada gratuita: Doação Voluntária de alimentos, brinquedos e flores.


Para saber mais:

www.teatroficina.com.br

http://www.youtube.com/tvuzyna

http://blog.teatroficina.com.br/


Este texto foi compilado do site: http://teatroficina.uol.com.br/menus/45/posts/355 acessado dia 24/06/2010 as 19:21h